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Medalha, medalha, medalha

  • Foto do escritor: Carlos Nascimento
    Carlos Nascimento
  • 24 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura


Nas décadas de 1970 e 1980 muita gente entrou para o Movimento Escoteiro motivada pelas aventuras dos “escoteiros mirins” os sobrinhos de Pato Donald, especialmente após o lançamento do famoso Manual do Escoteiro Mirim, e até hoje muitos se referem aos membros do Escotismo como escoteiros mirins.


Entre o exposto nos quadrinhos e a realidade do grupo escoteiro há muitas diferenças, uma delas é o sistema de recompensas através de medalhas, os patinhos recebiam medalhas por tarefas cumpridas, elas motivavam a ação.


Mas quando se fala em medalhas como recompensa logo se vem à mente o bordão “medalha, medalha, medalha” proferida por Muttley, o cachorro de Dick Vigarista na Corrida Maluca, e em Máquinas Voadoras. A medalha como recompensa era a exigência do cachorro para ajudar ao vilão, e após ganha-la Muttley entrava em êxtase.

No Movimento Escoteiro não temos uma medalha para cada ação, mas temos medalhas que durante muito tempo só estavam ao alcance de um pequeno grupo de ungidos, não importando quanto merecesse ser agraciado. Caso não estivesse adstrito a certos círculos não receberia nada.


Desde a edição da Resolução CAN 005/2015 - alterada pela Resolução CAN 001/2019 e outras posteriores que regulamentou a concessão de Reconhecimentos e Condecorações outorgadas pela União dos Escoteiros do Brasil; e a subsequente edição do Manual de Reconhecimentos e Condecorações, o acesso às condecorações foi melhor regulamentado e de um certo modo facilitado.


Entretanto se louvável a regulamentação das concessões por outro lado perpetuou injustiças ao atrelar prazo de uma forma rígida, assim pessoas que mereciam certos reconhecimentos por mérito poderão jamais tê-lo porquanto há um atrelamento com as medalhas de agradecimento. Por exemplo para ser outorgado com a Comenda Tucano de Prata; Lobo-guará ou Tiradentes se faz necessário, além dos novos e relevantes serviços prestados, que tenha sido outorgado com a Medalha Cruz de São Jorge há pelo menos três anos, e para que se tenha esta deve haver, além dos novos e relevantes serviços, um interstício mínimo de três anos após receber a medalha de Gratidão Ouro. Assim em um interstício de seis anos alguém pode, se bastante ativo no Escotismo, receber cinco condecorações (Gratidão Ouro, São Jorge, Tucano de Prata, Lobo-guará e Tiradentes). Um prato cheio para os candidatos a Muttley. Este sistema por sua vez pode retrasar o reconhecimento de pessoas com larga folha de serviços prestados aos Escoteiros do Brasil, mas que por uma ou outra razão deixaram de ser indicadas tempestivamente ao devido reconhecimento que é pré-requisito para outros.


A correção disto é fácil. Condicionar a concessão das medalhas de mérito ao tempo de serviço como voluntário de modo a valorizar a contribuição ao longo do tempo, desatrelando-a da Cruz de São Jorge, que pode permanecer como pré-requisito. Assim, por exemplo, teríamos como pré-requisitos, além dos novos serviços prestados, os seguintes tempos: Para a Comenda Tucano de Prata um mínimo de seis anos como voluntário (equivalente a 3 mandatos de Diretoria do nível local). Para a Comenda Lobo-guará, um mínimo de dez anos como voluntário, e para a Comenda Tiradentes um mínimo de 25 anos como voluntário.


A questão não é dificultar o acesso às comendas, mas valorizar o percurso do voluntário.

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